Ficha de Inscrição de Alex Hazelnut

Obs.: eu costumo inventar coisas para fazer criativa a minha história, como por exemplo, a “caniglossia”, ou então “Hummingbirdwhistle, escola em que Rowena Ravenclaw estudou” etc. Espero que a administração conceda que essas minhas invenções sejam legalizadas.



Pessoal


Nome Completo: Alex van Pells Hazelnut
Data de Nascimento: 27.06.2030 (16 anos)
Raça: Mestiço
Local de Nascimento: Londres, Inglaterra
Onde Reside no Momento: Londres, Inglaterra

Filiação: James Hazelnut (trouxa) e Andrea van Pells Hazelnut (bruxa mestiça).
Irmãos: Nenhum
Outros Familiares Bruxos: Benjamin van Pells – pai de Andrea van Pells; Bastiaan e Beletje van Pells – pais de Benjamin, Christoffel e Aletta van Pells. Aletta casou-se com o também bruxo George Williams. Outros Familiares Trouxas: Dominique Rousseau – mãe de Andrea van Pells; Pierre e Carola Rousseau – pais de Dominique e John Paul Rousseau. John Paul casou-se com Simone Reverbel e tiveram o filho Xavier Rousseau.

Descrição Física: um atleta, apesar de ser descoordenado quando se trata de quadribol. O corpo levemente malhado chama breves atenções das garotas, mesmo que não seja nem um pouco popular em Hogwarts. No rosto, a pele clara e macia projeta aos outros a idéia de Alex ser mais jovem, enquanto os olhos azuis acinzentados, levemente semi-abertos, mostram certa independência. As sobrancelhas finas sempre contraídas em uma expressão de curiosidade ou fascínio, tanto por magia como talvez por garotas, e os cabelos castanhos, cortados à tesoura, só não são rebeldes porque estão curtos.
Descrição Psicológica: Alex é um jovem inteligente, asseado e, talvez, até sábio. É sábio porque, ao contrário de muitas pessoas, mesmo tendo o pai morto por um Comensal da Morte (Alex ainda era uma criança), nenhum ódio o invade e o leva a ter sede por vingança; muito pelo contrário, tem a cabeça no lugar e seguidamente diz: “O que eu vou ganhar matando o assassino de meu pai, se ele não voltará mais?” Em contrapartida, é bastante impaciente, e talvez até rabugento quando se trata de acordar cedo. Também, Alex apesar de já ter ficado com várias garotas, só namorou uma vez na vida.
Particularidades: Caniglossia (explicado na História da personagem)
Animal de Estimação: Coruja-das-Torres (dorso e assas marrons, peito e rosto brancos) – Aurélio
Avatar: Cameron Bright




Atributos


Os 47 pontos são distribuídos entre os seguintes atributos, nas condições abaixo:

Inteligência: 8
Força Física: 6
Mira: 7
Equilíbrio: 4
Agilidade: 6
Reflexo: 7
Influência: 6
Popularidade: 3

Escolar

Grau de Educação Escolar: 6º ano
Veterano; estuda na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts desde o 1º ano.
Varinha: Mogno compacto e inflexível, 31 cm. Feita a partir da pena de um Hipogrifo.
Posição de Quadribol: Torcida.
Nenhuma pretensão de tornar-se Monitor, nem muito menos Monitor-Chefe.
Patrono: Lobo Cinzento
Matérias Favoritas: Feitiços e DCAT
Matéria que Não Gosta: Adivinhação e Astrologia
NOM’s: Distribuição de pontuação: 56 [Inteligência: 8] determinada nas seguintes matérias:

DCAT– 10
Feitiços – 10
Transfiguração – 7
História da Magia - 7
Astronomia - 4
Poções - 9
Trato de Criaturas Mágicas - 9




Inventário


Todos os livros do 6º ano;

Vestes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, além dos calçados e o chapéu pontudo;

Vestes de trouxas (incluindo um par de tênis);

1 Varinha;

1 Mochila, sem excluir diversos materiais escolares como tinteiro, pena para escrever, rolos de pergaminhos etc.;

1 Caldeirão para o preparo de poções;

1 Pena de Repetição Rápida (explicado na História da personagem);

1 Tabuleiro de Xadrez Bruxo, com as peças embutidas (também explicado na História da personagem).




História

[Obs.: como é uma história muito grande, coloquei em tamanho menor e, também, selecionei uma parte desnecessária de cinza. Portanto, se quiserem, podem ler apenas a parte mais importante, apesar de que eu gostaria que lessem a história toda.]

Alex procurava os livros do 6º ano de magia na prateleira de casa, para colocá-los no mala, já que o dia seguinte iria voltar à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sem saber o que era, encontrou um estranho livro de capa vermelho-sangue. Absorto pela curiosidade, o jovem rumou para o quarto, deitou na cama e abriu o livro. De repente, a obra começou a narrar a seguinte história (como se fosse um berrador) em voz alta, porém em tom cordial:


“Este é o caderno de lembranças da família van Pells, e contarei a biografia da família até hoje:

“Começa com o vovô Bastiaan van Pells, o patriarca daquele pessoal de bruxos. Bastante corajoso e poderoso, foi o único avô de Andrea que restou vivo durante a crise mágica dos anos 80, tempo em que o inigualável Você-Sabe-Quem agoniava toda a Europa. Os avós maternos da garota, por serem trouxas, foram mortos durante a expurgação dos ‘impuros’; enquanto os avós paternos eram procurados pelos Comensais da Morte, por serem da Ordem da Fênix. Os cinco comensais (não se sabia quem se escondia por trás de cada máscara) queriam informações sobre a Ordem; os torturaram e sem resposta, lançaram o Feitiço da Paraplegia em Bastiaan e a Maldição da Morte em Beletje. Felizmente, no momento em que recém-viuvado ia ter o mesmo fim, vários aurores holandeses aparataram ricocheteando o Avada Kedavra lançado e impedindo os comensais de proclamar mais um extermínio.

“Os três filhos de Bastiaan e Beletje van Pells viveram esse tempo já na maioridade e, portanto, não moravam com os pais nem foram abordados àquela noite. E nem mais nenhuma outra, pois a crise acabara ali. Em 31 de dezembro de 1981, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado acabou por assassinar os prestigiosos Tiago e Lílian Potter, apesar de em seguida proclamar sua queda ao enfrentar o famoso Harry Potter.

“Enfim, durante quatorze anos a tranqüilidade fez-se novamente real. Benjamin e Aletta van Pells tão logo se casaram. Benjamin foi o primeiro, aos 36 anos, com Dominique Rousseau. Logo depois, aos 28 anos, Aletta casou-se com o também bruxo George Williams, a quem teve a desgraça de não coroar com filhos. Benjamin e Dominique, pelo contrário, tiveram a belíssima filha chamada Andrea, cujos olhos azul-turquesa encantavam a todos na família. Quinze de fevereiro de 1995 é a data exata do nascimento, no Hospital Santa Maria, em Amsterdã, Holanda.

“Nesse mesmo ano, corriam boatos de que Você-Sabe-Quem havia retornado da morte na Inglaterra, sendo que quase ninguém acreditava na possibilidade. Infelizmente, no fim da primavera de 1996, o Ministério da Magia inglês confirmou o que tomos receavam. Ele realmente voltara. Os três anos que se sucederam ficaram conhecidos como a Segunda Guerra, o tempo mais crítico que já existiu já que morrera o único temido por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, ou seja, o ilustre bruxo Alvo Dumbledore. Felizmente, o garoto que derrotou o Lorde das Trevas pela primeira vez, conseguiu repetir a façanha novamente e, em 1998, Aquele-Do-Nome-Não-Pronunciado finalmente foi levado à morte.

“Durante mais duas décadas, a bonança seguiu a tempestade e o mundo mágico ficou sossegado. Muitas coisas aconteceram nesses anos, muitas lembranças fortes tanto boas quanto ruins (principalmente as ruins, já que são as mais difíceis de esquecer), a dar início em 2002, no dia em que o pai de Andrea tornou-se portador de licantropia, uma horrível doença viral sem cura. Benjamin van Pells trabalhava como zoólogo no Centro de Pesquisas de Seres Mágicos da Holanda (situada na capital); especializado em criaturas de grande perigo, assim como dragões, erumpentes e lobisomens. Em certa noite de lua cheia, um lobisomem foi encontrado vagando por Amsterdã. Alguns bruxos imobilizaram o monstro e o levaram para o CPSMagHo (Centro de Pesquisas de Seres Mágicos da Holanda), afinal, é preciso que tais bichos fiquem trancafiados até o amanhecer, quando eles voltam à forma humana – o procedimento normal. Mas de algum jeito, o lobisomem não foi bem preso e, como Benjamin era o único em plantão naquele setor, ele teve dificuldades para amordaçar o monstro e acabou sendo mordido. Por felicidade, ele sobreviveu, porém teve de se contentar com a vida amaldiçoada pela doença. Todos da família ficaram chocados. Bastiaan van Pells morreu de parada cardíaca quando recebeu a notícia. Andrea, chorava enlouquecidamente sem saber com o que ficava mais triste: com a morte do avô ou com a condição nada atraente do pai, que era a pessoa a quem Andrea mais amava.

“Mais alguns anos se passaram. Benjamin não podia medicar-se contra a licantropia, pois era alérgico a uma substância da fórmula então era obrigado a dirigir-se ao CPSMagHo todas as noites de lua cheia. Carinho e atenção são essenciais para um bom controle da selvageria de lobisomens então sempre alguém da família o acompanhava até o Centro e ficava com ele durante a noite (separados sempre por grades). Uma grande surpresa quando Andrea, junto da mãe porque ainda tinha só sete anos, foi fazer companhia ao pai pela primeira vez na forma de lobisomem – ela conseguia se comunicar com o bicho. Ainda mais que uma surpresa, um esquisito prodígio. Seria Andrea a primeira caniglota do mundo? Ou seja, seria Andrea a primeira pessoa capaz de falar com cães, lobos e até lobisomens? Sim, seria. Por uma estranha razão, o fato do pai tornar-se lobisomem quando a garota ainda era criança, provocou nela algum distúrbio neurológico possibilitando-a de falar com canídeos. Mas apesar da particular habilidade da garota, aquilo não parecia ser bem visto pelos outros familiares da família; talvez por ciúmes, medo ou até pena de que Andrea pudesse tornar-se lobisomem assim como o pai. Ao menos, como a mãe não entendia de magia (era trouxa) e de algum jeito não ligava para nada que seja relacionado ao assunto, Dominique era alguém com quem a garota podia contar.

“Quando Andrea van Pells fez o décimo aniversário, em fevereiro de 2005, recebeu uma carta, informando a sua anuência para entrar na Escola de Bruxaria Para Prodígios Hummingbirdwhistle, situada na antiga cidade de Delft, Holanda do Sul. Sua varinha, produzida com a madeira de Bétula, maleável e com 28 cm, tem seu núcleo de magia feito a partir de garra de um lobisomem, mais precisamente o seu pai (ele mandara fazer a varinha com a própria garra quando em forma de lobisomem, para dar à filha). Enfim, ela ingressou na escola de magia que abrigara a célebre Rowena Ravenclaw, decidida a tornar-se uma boa bruxa. Depois dos sete anos de escola, entrou no ramo do jornalismo, e como não havia empregos disponíveis na Holanda, Andrea foi morar em Londres, Inglaterra, trabalhando no Profeta Diário. Infelizmente, só havia empregos porque muitas pessoas estavam saindo da Inglaterra em resposta do medo de principiar uma Terceira Guerra, o que não era boa coisa, pois Andrea estava em região perigosa.

“Algum tempo depois, casou-se com um advogado trouxa, James Hazelnut, e com ele teve um filho, Alex, no dia 27 de junho de 2030. Alex van Pells Hazelnut era a grande alegria de James Hazelnut e Andrea van Pells Hazelnut (ela acrescentou o sobrenome do marido ao casar), mas parecia que as coisas no mundo mágico estavam esquentando... A região com maior taxa de mortos passou a ser na capital inglesa e Andrea sentiu que deveria tomar certas atitudes para proteger a família: entrar na Ordem da Fênix. Afinal, sendo membro da Ordem, Andrea teria prioridades de proteção a bruxos que dela não fazem parte, pois ela se comprometera a fazer serviços para a organização (tais como manter contato com pessoas da Holanda) e, portanto, seria útil na luta contra o Comensais da Morte que procuravam promover mais uma crise.

“Mas não ocorreu exatamente como ela esperava. Durante as festas de fim de ano de 2035, dois Comensais da Morte invadiram a casa dos Hazelnut. Alex, escondido no armário, não conseguia ver o que estava acontecendo, apesar de que o seu choro só não era ouvido porque a mãe havia encantado o garoto com o Feitiço do Silêncio. Como se fosse uma retrospectiva do que aconteceu com Bastiaan e Beletje van Pells, os Comensais exigiram informações sobre a Ordem da Fênix (queriam destruir aquela barreira para o grande Lorde voltar mais uma vez), torturaram Andrea e sem resposta, mataram James Hazelnut. Os assassinos novamente se puseram a torturar a bruxa. De súbito, as janelas da sala em que estavam explodiram, espalhando cacos de vidro para todos os lados enquanto duas poderosas luzes brancas lançavam os comensais na parede, desarmando-os. Os aurores William Sparks, Drínia Shegang e Anthony Auridor, por fim, deixaram os inimigos inconscientes, murmurando um feitiço. Dois aurores desaparataram com os comensais nos braços, porém a única auror mulher dos três ficou para garantir que mais nenhum comensal aparecesse. A mulher observava Andrea, desabando em prantos sobre o corpo do marido estatelado no chão.

“Mais alguns anos se passaram. Quando Alex fez onze anos, foi admitido na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Com imensa alegria, ele e a mãe foram comprar os materiais, as vestes e a varinha. ‘Esta aqui é feita de Mogno, inflexível e com 31 cm. Há uma pena de hipogrifo nela.’, disse o senhor que vendeu a varinha. E, logo após, na loja de animais, um gato cinza com listras escuras atacava uma coruja engaiolada. Alex tirou a gaiola do alcance do gato, estendendo-a no ar. ‘Quer saber? Esse aqui que eu vou levar, e se chamará Aurélio!’, disse o garoto. Ainda, a mãe lhe deu uma Pena de Repetição Rápida (ela era jornalista) para ajudá-lo nas aulas, além de um Tabuleiro de Xadrez Bruxo, como presente de despedida até o Natal.

“Em Hogwarts, Alex fez amigos e se saiu muito bem nas aulas de Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas e Trato das Criaturas Mágicas, suas matérias preferidas, promovendo vários pontos para a sua casa. Namorou com Vanessa Gonzalez, nos terceiro e quarto anos de escola, mas não tem mais compromissos recentemente. Em 2044, descobriu que herdou a habilidade rara da mãe, a caniglossia, quando um cachorro de Londres corria atrás de um carro gritando: ‘Eu pego, eu pego!’ Atualmente, Alex van Pells Hazelnut é criado só pela mãe, Andrea van Pells Hazelnut. Ele tem formação educacional até o 5º ano completa, estando no seu último dia de férias – dia ao qual estaria procurando os livros do ano escolar seguinte, na prateleira da casa, quando encontrou este caderno de lembranças e acabou de ouvir a história de sua família, exatamente... agora.”

O livro parou de falar. Era espantoso que aquele objeto sabia de toda a história de sua família até o segundo mais atual de suas vidas. Alex colocou o livro novamente na prateleira e terminou de arrumar a mala, porque no dia seguinte, o Expresso de Hogwarts o levaria para mais um ano de bruxaria.



Teste de Ação


O sol da manhã entrava pela janela descoberta de cortinas. A luminosidade mostrando-se um ótimo despertador, já que Alex não ouviu o canto dos galos. Afinal, ele ficou até tarde no dia anterior fazendo uma redação sobre As Diversas Raças de Cavalos Alados para o Prof. Charles Dickens (ensina a Trato das Criaturas Mágicas), a fim de não acumular deveres. Em todo caso, Alex tão alto naquela noite que acordara os colegas bem mais cedo que o normal.

Ao despertar, coçou os olhos e levantou da cama. Foi até sua mala e pegou uma muda de vestes da escola e, depois, dirigiu-se ao banheiro para tomar banho e trocar de roupa. Após isso, desceu até a Sala Comunal de sua casa e encontrou os amigos esperando-o para irem tomar café. Lá embaixo, no Salão Principal, vários alunos degustavam torradas, além de frutas e até bolos de chocolate. O cheiro de cada lanche era delicioso, mas Alex preferiu abocanhar uma torrada acompanhada por um suco de laranja.

As primeiras duas aulas eram História da Magia. O Prof. Binns, um fantasma que leciona em Hogwarts há mais de 50 anos, pediu para os alunos pegarem suas penas a fim de que o texto que ele mesmo iria recitar pudesse lhes servir de estudo nos NOM’s. Como faz em todas as aulas em que tem de escrever enormes textos, Alex não pegou só a pena, o tinteiro e o pergaminho, mas também a sua Pena de Repetição Rápida; assim, enquanto a pena especial escrevia para Alex tudo o que o Prof. Binns falava, o garoto ouvia atentamente à explicação do professor, anotando algumas vezes, alguns macetes de estudo num pergaminho à parte.

Logo após, dois períodos de Trato de Criaturas Mágicas, intercalados pelo almoço. Como a data de entrega do trabalho que fizera no dia anterior não era para aquele dia, Alex não tinha com que se preocupar em procurar na mochila material algum. Mesmo assim, pegou a tarefa e perguntou ao Prof. Dickens se poderia entregá-la antes do prazo. Com a resposta positiva do mestre-sala, Alex mostrou um sorriso de agradecimento, já que não gostava de ficar com um trabalho guardado na mochila. O professor levou a turma à Floresta Proibida, em um lugar perto da saída que se assemelhava a um picadeiro. As árvores espelhavam a luz do sol deixando verde quase tudo possível de se ver. Tão logo o Prof. Dickens anunciou que, como estavam estudando cavalos alados, trouxera quatro raças para serem estudadas fisicamente pelos alunos. Alex estranhou o fato de haver só três cavalos presentes, mas logo se deu conta de que o quarto deveria ser um Testrálio, invisível a quem ainda não viu a morte tal como só ele.

Depois de um período alimentando um Etonon com alfafa, Alex e os amigos foram almoçar. Sentaram na mesa de suas casas, no Salão Principal, e comeram um saboroso frango recheado com nozes feito pelos elfos domésticos da escola. Logo após o almoço, Alex voltou para o picadeiro onde estavam os cavalos alados e, dessa vez, foi alimentar o Granion e o Abraxam. Somente esses, já que Alex não enxergava o Testrálio.

Na aula seguinte, Adivinhação (a aula mais chata, segundo Alex), a Profa. Anne Müller Rudaw mandou os alunos tentar ver o futuro através das bolas de cristal em cima das mesas. Alex decididamente não via nada, forçava a visão com os olhos levemente caídos para tentar enxergar alguma coisa, mas não conseguia. De repente, a Profa. Rudaw apareceu e surpreendeu ao garoto dizendo que ele iria dormir no último período de aula do dia. Mas Alex não costumava dormir durante as aulas. "Como é que a ela ousa falar uma coisa dessas?", dizia Alex enquanto caminhava para a sala de Transfiguração. "Não esquenta, com esses seus olhos caídos de sono, até eu consigo prever isso", respondeu um dos seus amigos. E todos cómeçaram a rir.

Como último período do dia, Alex achou a aula de Transfiguração particularmente chata (o que não era comum para ele) – era somente uma matéria anterior que o Prof. Diow Hartlock decidiu revisar, então o jovem deitou a cabeça sobre a mesa, desestimulado pela aula, e acabou por dormir alguns instantes antes que o Prof. Hartlock batesse com um jornal na classe dele, fazendo-o acordar no susto. A aula havia terminado, todos já estavam lá fora. Alex pegou suas coisas e saiu da sala. “Por que é que eles não me acordaram?”, dizia o jovem para si mesmo, indo em direção à Sala Comunal de sua casa. Lá, seus amigos o esperavam com um sorriso de travessura no rosto. “Como foi que ele te acordou?”, perguntou um deles. E todos começaram a rir, enquanto Alex subia até o quarto dos garotos e deixava a mochila ali.

O resto do dia foi só gozação, conversa e flertes com as garotas. Até que a noite caiu e todos foram jantar e tão logo dormir. Alex roncando como sempre, no crepúsculo cheio de hostilidade que se passava por trás das janelas.